Da minha vida lembro apenas das palavras e elas me bastam. Certamente eu sempre fui assim... Palavras! Mesmo sem perceber me recolhi a elas, me envolvi nelas, me dediquei. Não como escritora, mas como sonhadora, às vezes leitora, às vezes delirante de lápis na mão, mas muitas vezes e em todo tempo solitária.
Ser palavra, dedicar-se às atividades dela, atividades da palavra, leitura e escritura, são muitas vezes -para mim é sempre- atividades solitárias, o texto é solitário, nada é mais solitário que a poesia, uma ilha cercada de palavras, isolada, confinada, porém dependente, dependente de leituras, dependente do leitor.
Sinto-me pretensiosa ao me comparar com palavras, palavras são plenas, a palavra é o ápice da representação da linguagem, sinto mais que pretensão, sinto contradição, ainda falta tanto... Sou feita de lacunas, não vejo nenhum espaço totalmente preenchido em meu corpo, enquanto palavras preenchem eu sou preenchida, preenchida por elas, preenchida delas e há ainda muitos buracos, muitos espaços vazios, espaços pulsantes a serem preenchidos. Como um poema, minha vida, meu corpo, minhas lembranças, também são espaços cercados de palavras, esperando serem invadidos, ser ocupados, esperando tornar-se dizível, tão dizível quanto um poema deve ser.
Porretaaaaaaaaaaaaa demais!
ResponderExcluirMenina, tu sempre impressiona.. adorei!
ResponderExcluirMarcela: esse é o nome dela ! ... MAR (liberdade) CELA (prisão) ! ... Amoooooooo ;)
ResponderExcluirSimplesmente adorável... Como tudo que tive o prazer de conhecer em ti!
ResponderExcluirBeijos!
Maninha.!
ResponderExcluirNem me ouso a escrever muito! rs rs rs!
muito bom!!
solitária..!!
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que ironia, né?
escreva mais!
xerooooooooo
Belíssimo!!!
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